Por que escolas buscam cada vez mais habilidades socioemocionais em seus currículos? -Porque o mundo

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Prática que inicialmente se popularizou na rotina de grandes empresas também se torna comum nas instituições de ensino: o desenvolvimento de competências socioemocionais. A procura das escolas por soluções voltadas para o tema cresceu 316% no primeiro semestre de 2023, aponta levantamento realizado pela Educa - edtech.

Cada vez mais escolas incluem discussões sobre competências socioemocionais em seus currículosFoto: Robert Kneschke - stock.adobe.com

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Segundo a pesquisa, entre janeiro e junho do ano passado, 250 instituições de ensino adicionaram conteúdos ligados a habilidades socioemocionais à sua grade curricular. No mesmo período de 2022, 60 colégios haviam sinalizado esse interesse.

De acordo com a gerente de programas de treinamento Adriana Franco Guidolin, as competências socioemocionais são habilidades que ajudam as pessoas a estabelecer comportamentos relacionados a limitações, relacionamentos, autoconhecimento e comunicação, além de conceitos como liderança, motivação, criatividade e inovação.

“Isso contribui em situações como gerenciamento de conflitos e colaboração entre grupos, situações que fazem parte do dia a dia das escolas. As habilidades sociemocionais estão implícitas em qualquer atividade, em tudo que está relacionado a relacionamentos saudáveis”, diz ela.

Competências como liderança, comunicação e trabalho em grupo são valorizadas na escola e no mercado de trabalhoFoto: Tiago Queiroz/Estadão

Adriana vê semelhanças e diferenças no trabalho com as competências socioemocionais desenvolvidas em empresas e escolas. “As instituições de ensino têm cultura institucional própria e o mercado de trabalho, outro tipo de cultura. A escola não tem necessariamente uma cultura tão competitiva quanto a empresa. Muitas vezes crianças e adolescentes levam para o colégio opiniões dos pais. É preciso existir respeito com a diversidade e a inclusão.”

‘Não é uma moda’

Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades e ex-diretora global de Educação do Banco Mundial, explica que a questão das competências sociemocionais apareceu primeiro nas empresas, mas que os conceitos que as definem podem e devem ser ensinados na escola.

“A partir da segunda década do século 21, ficou claro que conceitos como persistência, resiliência e abertura ao novo devem ser trabalhados nas escolas de forma continuada. Hoje sabemos que isso não é uma moda”, afirma.

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Para ela, a inteligência artificial vai fazer com que se desenvolvam habilidades novas entre alunos e educadores. “Precisa ensinar o jovem a pensar autonomamente. Estávamos apenas dando aulas de competências emocionais. É preciso desenvolver competências socioemocionais. E incorporar esses conceitos a todas as disciplinas.”

De acordo com Claudia, o Brasil ainda investe pouco na preparação dos docentes para esse assunto. “A formação do professor no ensino superior precisa mudar completamente. No Chile, o aluno de Educação já está na sala de aula no 1.º ano. Professores deveriam dar aula prioritariamente em uma única escola. Como trabalham hoje, muitos não têm tempo de colaborar com os colegas”, diz.

Gisele Alves, gerente executiva do Edulab 21 do Instituto Ayrton Senna, observa que, em algumas instituições, ainda prevalece o conceito equivocado de que a incorporação das competências socioemocionais no currículo pode atrapalhar a carga horária de outras disciplinas.

“Já se demonstrou por pesquisas que, em alguns casos, houve avanço de 4 a 5 meses no aprendizado com aplicação desses conceitos. É possível desenvolver essas competências de forma paralela e intencional a outras disciplinas”, destaca.

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Gisele ressalta que as competências socioemocionais não eram mencionadas em documentos oficiais que norteiam a educação brasileira, mas isso aos poucos começa a mudar. “Cada vez mais o interesse do sistema de ensino tem levado essas avaliações para as escolas”, diz. “Mas a maioria dos professores ainda não está treinada.”

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